O RELATÓRIO DE IRON MOUNTAIN

Algumas Organizações (para melhor entendimento)

CFR – Council on Foreign Relations (Conselho das Relações Exteriores)

CT – Comissão Trilateral Bilderberger

Um estudo que levou ao Relatório de Iron Mountain começou em 1961 com membros da administração Kennedy, entre eles McGeorge Bundy (Membro do Conselho das Relações Exteriores, Bilderberger, Skull and Bonés), Robert McNamara (CT, CFR, Bilderberger), e Dean Rusk (CFR e Bilderberger).Sabendo que Kennedy objetivava colocar um fim na Gerra Fria, esses homens estavam preocupados com o fato de não existir um plano sério para uma paz duradoura. No início de 1963, um grupo especial de estudo foi selecionado pra levantar os problemas hipotéticos da paz, ao mesmo tempo em que institutos do governo, momo o Rand e o Hudson, estudavam a guerra. Os 15 membros desse grupo nunca foram identificados publicamente, mas acredita-se que entre eles estavam renomados historiadores, economistas, sociólogos, psicólogos, cientistas e até um astrônomo e um industrial. O grupo se reunia uma vez por mês em diferentes locais do pais. Mas suas reuniões principais aconteciam em Iron Mountain, um enorme “abrigo antinuclear” subterânio em Nova York, onde fica o Instituto Hudson, considerado por muitos um local de encontro do CFR.Aqui, no caso de um ataque nuclear, estavam abrigados os executivos demitidos da Standard Oill de New Jersey, controlada por Rockefeller; do Banco Morgan; da Manufactures Hanover Trust e da Shell Oil holandesa, liderada pelo fundador dos Bilderberger, Pince Bernard. Uma cópia do relatório de Iron Mountain vazou por meio de um homem identificado como “John Nihil” (João Ninguém), um professor de uma universidade do meio oeste que alegou ter participado do grupo.Essa cópia foi publicada pelo Dial Press em 1967. John disse ao editor que embora concordasse com as descobertas do estudo, discordava da decisão do grupo de esconder o trabalho de um publico que não estava exposto às exigências de uma maior responsabilidade política ou militar.Ele disse que acreditava que o publico americano, cujo dinheiro dos impostos pagara pelo relatório, tinha o direito de conhecer suas conclusões perturbadoras, enquanto seus companheiros temiam “o perigo claro e previsível de uma crise na confiança pública, o que seria provocado pela publicação do relatório. Com o passar dos anos, o Relatório recebeu pouca ou nenhuma publicidade, e alguns membros do governo e da mídia tentaram descartá-lo como uma piada ou comédia.

O Clube

Mas o Dial Press publicou esse trabalho sem esses desmentidos, e o tom sério e erudito desse estudo, e sua abordagem global e macro analítica, confronta, a acusação de ser apenas uma ficção.Trata-se de um documento surpreendente, escrito no início da experiência americana no Vietnã, e com certeza reflete as visões elitistas daqueles que supostamente solicitaram o estudo. “Jonh” afirmou que “os Rapazes de Iron Mountain”, como eles se autodenominavam, conduziram um estudo secreto, informal, liberado das limitações governamentais usuais.Eles apresentaram o relatório em março de 1966.Segundo o Relatório, “a guerra em si é o sistema social básico, dentro do qual conspiram outros modos secundários de organização ou conflito social.È o sistema que governou a maioria das sociedades humanas conhecidas, como acontece hoje”.Os autores do Relatório viam a guerra como algo necessário e desejável, como “a principal força organizadora”, bem como”um essencial estabilizador econômico das sociedades modernas”. Eles demonstraram preocupação com o fato de que, por meio de “uma liderança ambígua” a classe administrativa governante “pudesse perder sua habilidade de “racionalizar a guerra desejada”, levando à “verdadeira desestabilização das instituições militares”, uma possibilidade que eles consideraram catastrófica. Portanto, os autores do Relatório concluíram: “Em primeiro lugar devemos responder, com toda a força possível, que não se pode de modo responsável permitir o desaparecimento do sistema da guerra até que: 1)Saibamos com certeza que [formas de controle social] planejamos colocar no lugar dele, e 2) estejamos certos, sem nenhuma dúvida, de que essas instituições substitutas servirão a seus propósitos…” De modo mais significativo, o Relatório declara: “A eliminação da guerra implica a inevitável eliminação da soberania nacional e do tradicional Estado-Nação.A possibilidade de guerra propicia o senso de necessidade externa sem o qual nenhum governo pode permanecer no poder por um longo tempo…A autoridade básica de um Estado moderno sobre seu povo reside em seus poderes de guerra.” O Relatório continua e afirma que a guerra “serviu como a última salvaguarda contra a eliminação das classes sociais necessárias… cortadores de lenha, carregadores de água” e que a guerra funciona para controlar “relacionamento essenciais entre as classes”. Os autores do Relatório creditaram às instituições militares a criação de “elementos anti-sociais com um papel aceitável na estrutura social… Não é difícil de visualizar, por exemplo, o grau de ruptura social que poderia ter acontecido nos Estados Unidos nas duas últimas décadas (40 e 50) se o problema dos socialmente rejeitados no período pós-Segunda Guerra não tivesse sido previsto e efetivamente encarado”, observou o Relatório. “Os mais jovens e perigosos desses agrupamentos sociais hostis foram mantidos sob controle pelo Sistema Seletivo de Serviço”. No passado, os delinqüentes juvenis com freqüência tinham a escolha de ir para a cadeia ou se juntar ao exército. O Relatório sugere o que deveria ser feito com aqueles que são “privados econômica ou culturalmente”entre nós. “Um…possível substituto para o controle de inimigos potenciais da sociedade é a reintrodução. De alguma forma consistente com a tecnologia moderna e o processo político, da escravidão…

Símbolo da Comissão Trilateral

Símbolo da Comissão Trilateral

O desenvolvimento de uma sofisticada forma de escravidão pode ser um pré-requisito absoluto para o controle social num mundo de paz”.Talvez isso se refira à prática crescente da utilização por empresas privadas, do trabalho de prisioneiros ou aos “escravos do salário”, ou seja, pessoas tão afogadas em dívidas que não tem outra escolha, a não ser continuar trabalhando pelo salário em empregos não satisfatórios. É muito intrigante comparar as recomendações desse Relatório com a vida nos dias de hoje.Os “rapazes” de Iron Mountain listaram os seguintes substitutos para as “funções da guerra”: -Um sistema permanente, ritualista e ultra-elaborado, de inspeção de desarmamento (como no Iraque e na Bósnia); -Uma força policial onipresente e de fato onipotente(uma força de paz das Nações Unidas como as enviadass ao Golfo Pérsico ou aos Bálcãs); -Uma ameaça extraterrestre estabelecida e reconhecida (óvnis e abduções por extraterrestres) -Poluição ambiental em todo o planeta; -Inimigos fictícios alternados (Saddam Hussein, Muammar Qaddafi, Slobodan Milosevic e quem vier depois deles) -Programas geralmente derivado dos modelos de Corporações de Paz (Corporação para o Trabalho – EUA., Voluntários à Serviço da América-EUA.); -Uma sofisticada forma de escravidão (como as descritas anteriormente); -Novas religiões e outras mitologias (Teologias e cultos da Nova Era, etc..) -Jogos sangrentos voltados para a sociedade (A Liga Nacional de Futebol – EUA, a Federação Mundial de Luta – Livre); -Um programa abrangente de eugenia aplicada (aborto e controle de natalidade – EUA.); Os autores admitem que os “inimigos alternados” podem ser improváveis, mas afirmaram que “um deve ser encontrado”(ênfase do original) ou, mais provavelmente, que “tal ameaça terá de ser inventada”. Finalmente o Grupo Especial de Estudo de Iron Mountain propôs o estabelecimento, por ordem presidencial, de uma “Agência de Pesquisa de Guerra e Paz” permanente e secreta, organizada “junto ao Conselho de Segurança Nacional (fora do alcance do Congresso, da mídia e do público), com fundos “não contabilizados” e “que responderia apenas ao presidente”.

Council on Foreign Relations

Council on Foreign Relations

O propósito dessa agência seria uma “Pesquisa sobre a Paz”, incluindo a criação dos já citados substitutos para as funções da guerra e o “direito ilimitado de omitir informações de suas atividades e decisões, de qualquer pessoa, exceto o presidente, sempre que considerar de interesse público a manutenção de tal segredo.”Ninguém parece saber – ou está disposto a revelar – se essa agência secreta chegou a ser considerada ou criada. Independentemente do fato de isso ter ou não acontecido, o tom dessa proposta é, com certeza de conspiração, e ela foi planejada por homens ligados às sociedades secretas cujos objetivos referentes à diferença de classes são refletidos no Relatório.Esses mesmos homens foram responsáveis pelo envolvimento da América no Vietnã nos anos de 1960 e 1970, e eles estavam por trás da tentativa de formentar a guerra na Nicarágua na década de 1980 e também os conflitos dos anos de 1990 no Oriente Médio e nos Bálcãs. “Em termos humanos, é um documento desprezível”, comentou Leonard C Lewin, que conseguiu a publicação do relatório. “E ele explica com certeza, ou parece explicar, aspectos da política americana que, de outra forma, seriam incompreensíveis pelos padrões usados do senso comum”. Apesar desse estudo a respeito da “Paz”, quando a Guerra Fria chegou ao fim, no início da década de 1990 houve uma guerra moderna, em grande escala, aparentemente “incompreensível”, para promover os objetivos daqueles homens das sociedades secretas que procuram o lucro por meio de hostilidades: a guerra do Golfo Pérsico”.

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